31 de março de 2010

"CEM MEDIDAS PARA MELHORAR A CONVIVÊNCIA NAS ESCOLAS”

"CEM MEDIDAS PARA MELHORAR A CONVIVÊNCIA NAS ESCOLAS”
in www.anprofessores.pt

Na perspectiva dos professores

1. União de toda a classe docente na hora de abordar o problema
2. Elaboração de regulamentos de funcionamento da escola operacionais, práticos, fáceis de divulgar, consensuais em toda a comunidade educativa
3. Trabalhos de prevenção com informações concretas sobre as histórias de vida dos alunos conflituosos.
4. Criação nas escolas de planos de prevenção sobre conflitualidade e violência escolar.
5. Criação de uma Comissão de Conflitos composta pelo Delegado de Turma e por dois professores da turma.
6. Auscultação do Conselho Pedagógico em caso de conflito.
7. Inclusão nos currículos de actividades anti-violência.
8. Intervenção de um professor vocacionado para o efeito com especialização adequada.
9. Formação pessoal nas áreas da auto-estima e da confiança.
10. Formação especializada para melhorar o relacionamento com alunos conflituosos. Prevenção e tratamento.
11. Trabalho colaborativo.
12. Aprender as técnicas adequadas e esforçar-se por aplicá-las correctamente.
13. Formação do professor na gestão de conflitos e na mediação, no âmbito educativo, como proposta alternativa.
14. Maior autonomia para aplicar sanções disciplinares devidamente adequadas.
15. Centrar a actuação no regime disciplinar pondo de lado questões emotivas.
16. Resolver os problemas logo que apareçam.
17. Aumentar a vigilância e o controlo dos alunos pelos directores de turma nos diversos espaços escolares.
18. Vigilância policial nas entradas e proximidades das escolas
19. Fomentar desde o início da escolaridade os valores éticos e morais, de maneira a favorecer a formação de crianças e adolescentes no respeito e na tolerância.

Na perspectiva dos Alunos

20. Inclusão nos currículos do Plano de Acção Tutorial com vista ao trabalho na sala de aula
21. Orientação pessoal de cada aluno num ambiente de confiança, sinceridade e liberdade responsável.
22. Desenvolvimento de campanhas anti-violência em cada escola.
23. Atenção especial para com os alunos objecto de situações conflituosas.
24. Motivação e aumento da auto-estima dos alunos conflituosos.
25. Um currículo diversificado para alunos carentes de motivação, conflituosos, com mais componente prática, com grupos mais flexíveis e com um menor ratio professor/aluno.
26. Intervenção de pessoal especializado (técnicos sociais de educação, psicólogos, assistentes sociais, etc.)
27. Medidas correctoras imediatas perante qualquer atitude agressiva ou violenta.
28. Desenvolvimento de um programa de educação moral e prática da participação democrática.
29. Potenciação e intensificação da Educação para os Valores.
30. Desenvolvimento de habilidades de auto-regulação e auto-controlo.

Na perspectiva dos pais

31. Dar modelos positivos: manter boas relações familiares e resolver amigavelmente os conflitos sem aceitar a violência.
32. Exercício da autoridade que lhes é conferida no processo de educação e formação dos filhos.
33. Definir normas de convivência claras e consistentes, explicando-lhes o que está permitido e o que não está, com os argumentos adequados.
34. Uma atitude positiva na relação com os filhos: maior atenção e disponibilidade e maior aceitação das atitudes pessoais.
35. Apelo à não violência. Não permitir que provoquem os companheiros.
36. Cooperação activa e conjunta entre pais e professores em casos de agressividade.
37. Colaboração entre escola e famílias em todo o processo de ensino/aprendizagem.
38. Apoio à escola e ao professor. Não desautorizar o professor perante os filhos.
39. Desenvolvimento de valores democráticos com respeito e tolerância no ambiente familiar.
40. Criação na comunidade educativa de um corpo voluntário de pais/mães para apoiar os alunos “órfãos” dentro do seu ambiente familiar.
41. Denúncia de qualquer situação de violência ou agressão na escola ou no trajecto casa/escola.
42. Ensinar os filhos a ser protagonistas na busca de soluções.
43. Colaborar na construção de valores baseados no esforço pessoal como a perseverança, a constância e a vontade.
44. Acompanhar o crescimento emocional ensinando-lhes a expressar sentimentos, a colocarse no lugar do outro e entender os seus sentimentos e a controlar-se emocionalmente.
45. Impedir que os filhos acedam a programas de televisão, de videojogos e internet inadequados à sua idade, dando-lhes alternativas.
46. Evitar a sobreprotecção dos seus filhos.
47. Maior interesse dos pais pelas funções que lhes são atribuídas nas escolas.
48. Valorização das escolas como lugares de ensino e formação.

Na perspectiva da Administração

49. Resolver os problemas da perda de autoridade dos docentes
50. Procurar urgentemente soluções para a violência escolar.
51. Desenvolvimento de campanhas de dignificação do trabalho docente que devolva aos professores a auto-estima e lhes reconheçam a importância do seu trabalho.
52. Melhores condições para a intervenção sobre o fenómeno da violência. Dotar o professor de ferramentas para trabalhar a gestão das emoções e a prevenção dos conflitos.
53. Criação de comissões disciplinares operacionais com competência para tomar medidas correctivas imediatas perante as atitudes que prejudiquem a convivência escolar e a dignidade do professor.
54. Criação de um perfil de assessor para educação sobre a conflitualidade.
55. Criação de um novo perfil de especialistas que faça a mediação dos conflitos.
56. Melhores politicas disciplinares, modificando urgentemente o quadro normativo sobre direitos e deveres, que pode contemplar:
- O direito de ensinar e aprender num clima de respeito mútuo
- Reforço do reconhecimento do professor como autoridade pública no exercício da sua função
- Revisão dos actuais deveres do aluno
- Um novo sistema disciplinar ágil, imediato e desburocratizado, da responsabilidade do professor.
- Sinalização explícita de condutas graves
- Nos casos graves, suspensão imediata do aluno.
- Protecção e atenção preferencial às vítimas de violência e agressão escolar
- Criação de “Aulas de Ensino Individualizado para melhorar a convivência”
- Consideração da agressão escolar como delito na legislação penal dos menores.
- Restituição imediata dos danos causadas ou, em caso disso, a suspensão dos subsídios.
57. Reforço positivo do Estatuto do Professor
58. Mais competências para o Corpo Docente
59. Maior autoridade e capacidade para a tomada de decisões dos órgãos de gestão.
60. Melhoria das condições de trabalho nas escolas e agrupamentos
61. Criação de um horário dedicado exclusivamente ao acompanhamento dos alunos em causa em todos os níveis educativos.
62. Criação de Departamentos de Orientação em todas as Escolas
63. Programas de apoio, reforço e tutoria.
64. Aumento do número de professores de apoio
65. Diminuição do ratio de alunos por turma, a fim de evitar a excessiva heterogeneidade.
66. Acompanhamento dos alunos conflituosos por uma equipa de apoio educativo.
67. Reforma do Código Penal para as agressões de alunos e de pais e encarregados de educação.
68. Apoio psicológico, legal e administrativo a professores e alunos agredidos.
69. Inspectores especialistas em conflitos escolares
70. Campanhas de sensibilização social sobre o grave problema da violência escolar.
71. Desenvolvimento da colaboração entre as escolas e as entidades ligadas à Comissão de Protecção de Menores, assistentes sociais, polícia local e outras entidades da comunidade educativa.
72. Desenvolvimento da colaboração nas relações interpessoais.
73. Desenvolvimento de políticas educativas para reduzir o absentismo escolar.
74. Colocação em marcha de estratégias atractivas de educação e de formação para os alunos.
75. Estabelecimento de protocolos de intervenção com pais e professores que os capacitem para actuar perante qualquer conduta disruptiva.
76. Desenvolvimento de políticas sociais de cariz familiar.
77. Orientadores familiares para lares desestruturados. Actuações da Segurança Social.
78. Cursos de formação para pais.
79. Acções de formação na Educação para os valores.

Na perspectiva das Escolas

80. Desenvolver valores como o rigor, o esforço e a exigência.
81. Orientação pessoal e profissional aos alunos, facilitando-lhes a formação do pensamento e da acção do cidadão.
82. Desenvolvimento da igualdade de direitos entre os sexos excluindo qualquer discriminação.
83. Reforço da autonomia das escolas.
84. Uma ampla oferta de actividades extra-escolares com maiores recursos humanos, tecnológicos e económicos.
85. Intensificar o controlo das zonas de risco, tais como os recreios, a cantina, os intervalos, as passagens e corredores, etc...
86. Educar para os valores com primazia na vida escolar e social como a liberdade, a igualdade, a solidariedade, o respeito, a cooperação, a tolerância, a resolução pacífica dos conflitos e o diálogo.
87. Contemplar no currículo, o tratamento sistemático da educação sócio-emocional, a competência social, a resolução de conflitos, a mediação, etc.
88. Melhorar o eco-sistema das escolas, criando um espaço para partilhar o tempo de lazer, realizar trabalhos pessoais, etc. Assim se assegurarão contactos mais informais e melhorar-se-ão as relações interpessoais.
89. Medidas para facilitar a integração de alunos procedentes de zonas marginais e de imigração.
90. Melhorar as condições de aprendizagem dos alunos.
91. Desenvolvimento da tutoria e da relação e coordenação entre as escolas e os pais.
92. Responsabilizar as famílias e a comunidade que as rodeia na dinâmica da educação.
93. Manter um bom nível de comunicação e de participação entre todos os sectores da comunidade educativa.
94. Procura de consensos entre toda a comunidade educativa para estabelecer as medidas que permitam acabar com os problemas de ordem e disciplina.

Na perspectiva dos meios de comunicação social

95. Evitar a exaltação da violência.
96. Campanhas de sensibilização anti-violência através da imprensa escrita, rádio e televisão.
97. Estabelecer medidas consensuais entre todos os agentes sociais para travar a violência social.
98. Dignificação do trabalho do professor.
99. Reforma da legislação sobre programação televisiva e jogos educativos.
100. Implementação global de um Plano de Convivência Nacional.


Concorda?
É aplicável? Se sim, podemos trabalhar estas 100 medidas? Cada um e como comunidade? Quantos destes pontos já se encontram implementados? Todos funcionam? Existe algum que não concorda? Existe algum ponto que queira acrescentar?

Por favor participe nesta reflexão e na tomada de acção positiva. Depende de de cada um de nós individualmente e como um todo.

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